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terça-feira, 21 de julho de 2009

Praças para Campos

Este mês o tema da Rede Blog é: "Praças - opções de lazer infantil em Campos". A sugestão do blogueiro Jules Rimet venceu por W.O., pois não houve outra sugestão. Bem, seguindo a linha do Dendrito em priorizar temas ambientais e culturais, tratarei da importância das praças e parques urbanos na educação ambiental e na melhoria da qualidade de vida e como Campos ganharia se tivesse uma política pública voltada para isso.

Fotos: Yuri Amaral

As praças tiveram sua origem nos primeiros centros urbanos da Grécia e Roma antiga e servem como local de passagem e socialização. São áreas públicas propícias a manifestações políticas e culturais e algumas delas foram palco de importantes momentos na história da humanidade. As praças representam ilhas horizontais em meio à verticalização cada vez mais intensa das cidades modernas, possibilitando a observação da paisagem ao redor. Pode-se considerar também como praças áreas não urbanizadas como as praias.


Praças possibilitam a criação de áreas verdes em meio à selva de pedra. Refúgio para animais, como nós, que precisam de alguns minutos de descanso sob a sombra de uma árvore entre uma atividade e outra. Ouvir os pássaros, o barulhinho da fonte, o cri-cri da cigarra, e ver a criançada brincar. Para os pequenos representa até mais, pois constitui um local próprio às atividades lúdicas de socialização e aprendizado, sendo uma importante ferramenta para a prática da educação ambiental para a geração do apartamento.


O uso de brinquedos coletivos estimula o senso de civilidade e altruísmo, além de possibilitar o relacionamento entre crianças de diferentes origens e classes sociais. A sociedade não é homogênea e o cidadão precisa ter ciência disso desde a infância. Ainda, constitui um importante espaço à prática de esportes, atividade essencial à melhoria da qualidade de vida.


No quesito praças e opções de lazer – não só infantil – Campos mantêm sua reputação de péssima administração. Não que a cidade tenha poucas praças, mas elas são concentradas nas regiões mais ‘nobres’ e, mesmo assim, costumam estar mal conservadas e/ou não oferecem segurança aos visitantes. Um caso crônico é a praça que fica atrás da rodoviária velha (não lembro o nome). Apesar de possuir diversos locais para a prática de esporte e acesso à internet, é muito pouco frequentada devido aos constantes assaltos e ao estado de conservação. Já vi inúmeras obras lá, uma em andamento, mas a situação nunca melhorou.


Alguns casos bem sucedidos se perderam com o tempo, como a Pracinha do Liceu, que apesar de receber inúmeras pessoas e ter passado por uma reforma recente, pouco a pouco está se deteriorando. Se é assim em bairros assistidos pelo poder público, o que dizer sobre os bairros periféricos? As praças que vi em periferias se resumem a bancos de cimento, brinquedos quebrados e quadras de futebol. Raramente à jardins, árvores, fontes de água potável ou estão conservadas.


O poder municipal deve olhar com mais atenção para as praças e jardins da cidade. Além do papel paisagístico e cultural, esses espaços contribuem para a qualidade de vida da população e consequente elevação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), além de ser uma importante opção de lazer para a família.

[Nas fotos: Apresentação da Dixie Square Band, durante o III Imagem Jazz & Blues, na Praça São Salvador. Ato público Chega de Palhaçada, organizado pela internet e realizado no calçadão do centro, ou Largo da Imprensa. Apresentação de Capoeira no pátio da prefeitura de Campos. Exemplos dos diversos usos de praças públicas. ]

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Uma Campos melhor para viver

O tema de hoje da rede blogue é sobre o que campos precisa para se tornar uma cidade melhor para vivier. Bem, estou viajando, portanto, serei breve. Como Vitor Menezes colocou no Urgente!, são muitas as necessidades, mas, citarei uma palestra do Prof. Carlos Ruiz, da UENF, sobre um relatório sobre as medidas necessárias para preservação da biodiversidade e a qualidade do meio ambiente na bacia hidrográfica do Rio São João.

Na ocasião, Ruiz mostrou um mapa da região onde podia ser observado os fragmentos florestais que representavam as áreas florestadas da bacia hidrográfica. Eram todos fragmentos pequenos, desconexos e isolados por uma matriz de terrenos desmatados. Como medida crucial à manutenção da biodiversidade, sugeriu-se a ligação destes fragmentos à Reserva Biológica União e à Poço das Antas, do outro lado da BR-101, por corredores florestais (faixas plantadas com plantas nativas, que permitem a movimentação dos animais de um fragmento a outro). Esta medida, apesar de eficiente, é cara e trabalhosa, e ainda depende da boa vontade dos proprietários de terra. Como solução mais eficiente foi feita outra sugestão, bem mais singela: o cumprimento do determinado no código florestal brasileiro, ou seja, a manutenção de 20% do total do terreno como reserva legal e a manutenção das áreas de proteção permanente (APP). Como num passe de mágica, o mapa que mostrava uma região degradada e com fragmentos florestais isolados, foi substituída por uma paisagem mais verde, simplesmente pela simulação de como seria se a lei fosse cumprida. Primeiro, os fragmentos aumentaram de tamanho para cumprir com os 20% que a lei determina e, segundo, os fragmentos se ligavam, sem necessidade de corredores florestais, devido a manutenção das matas ciliares ao longo dos rios, uma APP obrigatória. Desta forma, a conclusão do relatório sugeria apenas uma medida a ser tomada: o cumprimento da lei.

Moral da história. O que falta pra campos ser melhor para viver é que a lei seja cumprida. Que a administração pública siga os preceitos de idoneidade, publicidade, impessoalidade e moralidade, determinados pela constituição federal. E que nós, como cidadões, façamos valer nosso poder de voto e de se manifestar a respeito do que os políticos fazem. Simples assim.

sábado, 21 de março de 2009

O Monitor na Rede Blogue

Este mês a pauta escolhida para a Rede Blogue foi "Querem matar o Monitor Campista com a retirada do Diário Oficial?". A disputa foi acirrada.

Sinceramennte, não tenho acompanhado as discussões sobre a retirada do D.O. do Monitor Campista, mas conheço alguns jornalistas do jornal que me afirmaram haver dificuldades financeiras que se refletem em baixos salários e pagamentos inconstantes, sendo o D.O. uma fonte de renda importante para um dos mais antigos jornais do país.

Sempre avaliei a imprensa campista dividida entre o grupo de Garotinho e o grupo do Arnaldo, a única exceção sempre foi o Monitor. Por isso dou mais credibilidade ao quase bicentenário. Entretanto, acredito que um jornal deve ter condições de se manter por conta própria, contanto que isto não signifique o desalinhamento com a imparcialidade.

Espero que a retirada do D.O. não acabe com o Monitor Campista, nem com seu jornalismo. Em tempos de internet e TV Digital já está tão difícil aos jornais manterem os impressos saindo todo dia que o risco pode ser grande, já que o Monitor está habituado a receber pela publicação do D.O., e seria uma infelicidade ver mais um jornal histórico deixar de circular. Espero que o Monitor Campista encontre uma saída à sua altura e vença este desafio.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Participação Civil em Campos

Hoje é dia de Rede Blogue. Este mês o assunto escolhido foi: "Como promover mecanismos para a participação política direta da sociedade civil em Campos?". O tema foi escolhido democraticamente no blogue Urgente!


Não me sinto muito a vontade para dar uma resposta à pergunta - não me considero uma autoridade no assunto. Mas dá para dar um palpite como cidadão e citar alguns exemplos que acompanhei de perto.

Um dos fundamentos mais importantes em uma democracia é a participação civil. Infelizmente no Brasil - com exemplo perfeito de Campos - a democracia tem se limitado às eleições, ainda assim com sérias deficiências. Raramente são observadas manifestações públicas da sociedade se posicionando a respeito de medidas tomadas pelo poder público, como se estivesse tudo bem com a cidade.

Duas experiências muito gratificantes foram o Plano Diretor Participativo e a Conferência Municipal de Cultura, logo no início do governo Lula. A primeira teve como objetivo definir potenciais metas para o desenvolvimento ordenado da cidade. O segundo, a melhor maneira de gerir a cultura Campista. O Plano Diretor contou com uma participação escassa, limitado a pensadores das principais universidades da cidade e estudantes que eram 'obrigados' a participar, e foi rapidamente rejeitada pela Câmara de Vereadores - o que já era previsto pelos participantes mais interessados. A Conferência de Cultura teve visível liderança da prefeitura e, que eu tenha reparado, não satisfez à necessidade dos principais artistas e provocadores culturais de Campos.

Ficou por isso mesmo. Nenhuma das ideias propostas foram encaminhadas e aceitas pela administração. Os incentivos à cultura continuam sendo paternalistas, sem considerar o mérito ou exigir prestação de contas dos beneficiados, muito menos são distribuidos perante edital público - ao que tudo indica continuará assim no governo Rosinha. E o plano diretor da cidade continua sendo definido entre quatro paredes.

Isso é sintomático. Primeiro por mostrar o descaso da própria população em participar desses fóruns populares. Segundo por expor o desalinhamento dos políticos com os anseios da população - mesmo que representados por meia dúzia de académicos. Terceiro por não haver nenhuma pressão - nem mesmo da imprensa - sobre o andamento disso tudo. Muito desmotivador.

Apesar disso, a participação se faz necessária. E, mesmo sendo poucos, há pessoas interessadas em discutir o rumo do município coletivamente. Isso deve ser estimulado. Mas parte de nós mesmos. É muito confortável sentar a bunda na cadeira em frente ao computador e ficar divagando sobre como a sociedade deve agir. Temos que agir! O tempo urge. E os royalties estão sendo desperdiçados. Não vai sobrar nada.

Palpite: Poderia ser criado algum tipo de Observatório Popular. Funcionaria via internet mas com um braço físico, como uma sede, e trataria de assuntos pertinentes ao município. Mas não como um blogue. Se trataria de um local onde informações pertinentes à administração públicas (contas, índices de governo, estatísticas, denúncias, etc) pudessem ser publicadas e a população comentaria. Não sei muito bem como funcionaria, mas teria que ser supervisionado por entidades respeitadas e de idoneidade reconhecida (OAB? Ministério Público? Universidades?).

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bar do Gordo

Todo dia 21 blogueiros ligados à Rede Blog publicam sobre um tema escolhido através de votação no Urgente! O tema escolhido esse mês foi: os melhores botequins de Campos.

Como eterno ‘uenfiano’, não poderia deixar de citar o ‘Trayler e Pizzaria do Cláudio’, vulgo ‘Bar do Gordo’. O boteco - digo, trailer - fica na Avenida Alberto Lamego em frente à entrada de pedestre da UENF. Não sei exatamente há quanto tempo o bar está lá, mas é conhecido por qualquer aluno da universidade, desde o Ciclo Básico Comum - quando a UENF ainda seguia as diretrizes sugeridas por Darcy Ribeiro.

Atualmente têm sido o reduto das bandas de rock e blues da cidade e, alguns dizem, ocupa o espaço que o Bicho André preencheu alguns anos atrás. Bandas de forró já alegraram a galera lá e recentemente teve o ‘Meu Peixe Funk Festival’, fazendo alusão à expressão ‘Meu Peixe’ que o Gordo fala direto.

O local ainda oferece duas mesas de sinuca e transmite jogos do mengão pelo Premier Futebol Clube. Mas o atrativo mesmo é o preço da cerveja, geralmente abaixo da concorrência (fica mais caro em dia de show).

Como fica na saída da universidade somos sempre convidados a tomar ‘aquela gelada’ depois de uma aula ou da labuta no laboratório. Geralmente as sessões do Cineclube Alternativo (que já já estará de volta) terminam lá - e o debate em uma pilha de garrafas de cerveja em cima da mesa...

Outros bares

Antes do fim gostaria de mencionar dois bares que me fazem falta. O menos importante é o Bar do Estranho, que apesar dos pesares, quebrava um galho legal no fim de noite, quando todos os outros já estavam fechados. O outro, na verdade, não deixou de existir, se mudou: Terapias Bar. Nada contra a decisão consciente de Ângela e Assis em se mudar da conflitante esquina ‘onde o vento faz a curva’. Mas que faz falta, faz. Ainda bem que Frederico Alvim registrou histórias do lugar em um documentário durante a disciplina de Antropologia, do curso de Ciências Sociais da UENF. Se eu tivesse uma cópia, disponibilizaria aqui.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Rede Blog

Manifesto aqui meu interesse em participar da Rede Blog através do Dendrito. Mesmo tendo uma baixa frequência de postagens e quase ninguém acessar meu Blog (!), costumo publicar textos e fotos sobre eventos em que participo e que não têm tanta repercusão na mídia, como a luta dos estudantes da UENF pelo bandejão, educação ambiental, divulgação científica e eventos culturais, como o ArtPoiese e o CineClube UENF.

Todo dia 21 blogeiros ligados à Rede publicam reportagens, textos, fotos ou outros materiais sobre um tema pré-definido e escolhido democraticamente por meio de votação no Urgente!. Esse mês o tema escolhido foi: "A falta de uma imprensa decente em Campos e a 'obrigação' dos blogs em passar uma informação ágil e com credibilidade".

Pois bem, vou me aventurar no assunto...


Não sou leitor assíduo dos jornais campistas, mas é evidente a parcialidade no tratamento das informações e o descompromisso com a ética jornalística. O sensacionalismo e a arrogância tomou conta das redações já a muito. Ano passado assisti a defesa da dissertação de mestrado da jornalista Fúlvia D'Alessandri da Assessoria de Comunicação da UENF, sobre o perfil das redações dos jornais em Campos e a importância dada à Divulgação Científica. Além de constatar o claro interesse dos redatores em publicar fotos de violência explícita na primeira página - pois vende mais -, os jornais não fazem pesquisa de opinião com seus leitores. Segundo a dissertação os redatores não dão espaço para assuntos sobre ciência, mas leitores entrevistados durante a pesquisa manifestaram interesse no assunto. Isso evidencia um possível afastamento entre o jornal e o leitor e a pouca importância dada ao hoje tão valorizado Ombudsman.

Nesse ponto os blogs têm clara vantagem. A possibilidade de participação ativa através de comentários e mesmo envio de textos e outros materiais, mantêm o blogeiro atento ao que realmente interessa ao leitor, que passa a ser também fonte, crítico e, quem sabe, colaborador. A ausência de compromisso econômico com a notícia dá mais liberdade ao blogeiro, que pode publicar sua opinião sem se preocupar com financiadores ou empresários que usam o espaço para publicidade. Afinal, poucas publicações têm a seriedade da 'Caros Amigos', que chegou ao requinte de publicar em uma mesma edição uma matéria sobre o movimento pela re-estatização da Vale e uma propaganda da mesma empresa, mostrando um claro afastamento entre o setor comercial e a redação.

A imprensa em Campos deve dar mais atenção ao leitor, realizar perquisas com seu público alvo e fazer mais críticas ao seu próprio jeito de fazer notícia. Com a internet o leitor possui mais opções para obter informações, ficando fácil derrubar a máscara de jornalistas e editores descompromissados com a veracidade dos fatos e a imparcialidade da informação. E o leitor deve também ficar atento, aproveitar essa ferramenta para questionar o papel da imprensa dita 'livre', e assim garantir o funcionamento pleno da democracia.