O tema de hoje da rede blogue é sobre o que campos precisa para se tornar uma cidade melhor para vivier. Bem, estou viajando, portanto, serei breve. Como Vitor Menezes colocou no Urgente!, são muitas as necessidades, mas, citarei uma palestra do Prof. Carlos Ruiz, da UENF, sobre um relatório sobre as medidas necessárias para preservação da biodiversidade e a qualidade do meio ambiente na bacia hidrográfica do Rio São João.
Na ocasião, Ruiz mostrou um mapa da região onde podia ser observado os fragmentos florestais que representavam as áreas florestadas da bacia hidrográfica. Eram todos fragmentos pequenos, desconexos e isolados por uma matriz de terrenos desmatados. Como medida crucial à manutenção da biodiversidade, sugeriu-se a ligação destes fragmentos à Reserva Biológica União e à Poço das Antas, do outro lado da BR-101, por corredores florestais (faixas plantadas com plantas nativas, que permitem a movimentação dos animais de um fragmento a outro). Esta medida, apesar de eficiente, é cara e trabalhosa, e ainda depende da boa vontade dos proprietários de terra. Como solução mais eficiente foi feita outra sugestão, bem mais singela: o cumprimento do determinado no código florestal brasileiro, ou seja, a manutenção de 20% do total do terreno como reserva legal e a manutenção das áreas de proteção permanente (APP). Como num passe de mágica, o mapa que mostrava uma região degradada e com fragmentos florestais isolados, foi substituída por uma paisagem mais verde, simplesmente pela simulação de como seria se a lei fosse cumprida. Primeiro, os fragmentos aumentaram de tamanho para cumprir com os 20% que a lei determina e, segundo, os fragmentos se ligavam, sem necessidade de corredores florestais, devido a manutenção das matas ciliares ao longo dos rios, uma APP obrigatória. Desta forma, a conclusão do relatório sugeria apenas uma medida a ser tomada: o cumprimento da lei.
Moral da história. O que falta pra campos ser melhor para viver é que a lei seja cumprida. Que a administração pública siga os preceitos de idoneidade, publicidade, impessoalidade e moralidade, determinados pela constituição federal. E que nós, como cidadões, façamos valer nosso poder de voto e de se manifestar a respeito do que os políticos fazem. Simples assim.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Gostei, Yuri, e assino embaixo! Falou e disse, garoto! Bravo!
Postar um comentário