quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Cine Clube Alternativo UENF Censurado!!


Desde 2004 faço parte da coordenação do Cine Clube Alternativo UENF, um projeto extencionista organizado por estudantes da Universidade Estadual do Norte Fluminense e sem fins lucrativos. Sempre privilegiamos produções que não tenham alinhamento com o circuito comercial de cinema e o objetivo sempre foi debater a sétima arte e sensibilizar o público a ter uma visão mais crítica em relação a estética e cultura cinematográfica. Cinema como agente fomentador de debates, formador de cabeças pensantes. À cerca de um mês, entretanto, o projeto foi ameaçado.
Os integrantes do projeto passaram a receber supostas denúncias encaminhadas ao ECAD (escritório central de arrecadação de direitos autorais), orgão que fiscaliza a arrecadação de direitos autorais referentes a produções fonográficas quando exibidas em local público. Fiscais passaram a frequentar nossas sessões e fomos convidados a comparecer no escritório do ECAD em Campos para 'esclarecimentos'. O escritório fica na Rua Oliveira Botelho, no mesmo local onde funciona uma corretora de seguros que é a agência credenciada a representar o ECAD em Campos. Fomos informados que nossa atividade era ilegal e que deveríamos pagar os direitos autorais referentes às músicas da trilha sonora dos filmes.
A partir daí começou um jogo de empurra. A reitoria se recusava a receber os ofícios e nós também. Até que na última quarta-feira o Prof. Jorge Petretsky, que nos cede o auditório para a realização do cine clube, pediu para cancelarmos a sessão pois o ofício chegou a sua mesa. Segundo ele, se por acaso o ECAD realmente chegar a processar a UENF, a batata quente vai parar na mão dele. Em consideração decidimos cancelar a sessão e resolvemos que apenas voltariamos com o projeto depois de conseguir garantias legais para a exibição dos filmes.
O Cine Clube, digamos, está de férias. Mas logo retornaremos com notícias sobre a continuidade das sessões.
Contamos com a colaboração de qualquer um que tenha sujestões, conheça as leis ou mesmo se solidarize com a questão. O Urgente! já ajudou divulgando a causa.

Leia este texto também no blog do acampamento da UENF.

domingo, 26 de outubro de 2008

Cidade dos Sonhos

Cine Clube Alternativo UENF apresenta:



(clique na imagem para ampliar)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

R$ 7.6 mi para cultura no estado!


O estado do Rio de Janeiro está disponibilizando R$ 7.6 milhões para financiar projetos de cultura. São 10 editais abordando as seguintes áreas: audiovisual, dança, teatro, carnaval 2009, artes visuais e culturas populares. Só para teatro serão R$ 1.550 mi.

Uma boa oportunidade para quem tem projetos de baixo custo.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Cancelamento da taxa de telefone!

O Projeto de Lei no. 5476, proposto pelo Dep. Marcelo Teixeira (PMDB/CE), modifica a lei Nº 9.472, de 16 de julho de 1997, que regulamenta a concessão de telefonia. Em um dos incisos cancela o taxa de telefone (R$ 40,37 para recidencial e R$ 56,08 para celular), mantendo apenas a tributação pelos minutos de uso da linha. O projeto está em tramitação na Câmara dos Deputados e aguarda o estabelecimento de uma Comissão Temporária.

A população pode ajudar ligando para a Central de Atendimento da Câmara dos Deputados (0800 619619). Após ser atendido, digite 1 e diga a atendente que deseja manifestar apoio ao projeto de lei contra a cobrança da taxa do telefone (PL 4576).

Esse é o tipo de informação que a mídia não anuncia. Estou divulgando isso aqui porque liguei e é verdade. Não é trote!

Rede Blog

Manifesto aqui meu interesse em participar da Rede Blog através do Dendrito. Mesmo tendo uma baixa frequência de postagens e quase ninguém acessar meu Blog (!), costumo publicar textos e fotos sobre eventos em que participo e que não têm tanta repercusão na mídia, como a luta dos estudantes da UENF pelo bandejão, educação ambiental, divulgação científica e eventos culturais, como o ArtPoiese e o CineClube UENF.

Todo dia 21 blogeiros ligados à Rede publicam reportagens, textos, fotos ou outros materiais sobre um tema pré-definido e escolhido democraticamente por meio de votação no Urgente!. Esse mês o tema escolhido foi: "A falta de uma imprensa decente em Campos e a 'obrigação' dos blogs em passar uma informação ágil e com credibilidade".

Pois bem, vou me aventurar no assunto...


Não sou leitor assíduo dos jornais campistas, mas é evidente a parcialidade no tratamento das informações e o descompromisso com a ética jornalística. O sensacionalismo e a arrogância tomou conta das redações já a muito. Ano passado assisti a defesa da dissertação de mestrado da jornalista Fúlvia D'Alessandri da Assessoria de Comunicação da UENF, sobre o perfil das redações dos jornais em Campos e a importância dada à Divulgação Científica. Além de constatar o claro interesse dos redatores em publicar fotos de violência explícita na primeira página - pois vende mais -, os jornais não fazem pesquisa de opinião com seus leitores. Segundo a dissertação os redatores não dão espaço para assuntos sobre ciência, mas leitores entrevistados durante a pesquisa manifestaram interesse no assunto. Isso evidencia um possível afastamento entre o jornal e o leitor e a pouca importância dada ao hoje tão valorizado Ombudsman.

Nesse ponto os blogs têm clara vantagem. A possibilidade de participação ativa através de comentários e mesmo envio de textos e outros materiais, mantêm o blogeiro atento ao que realmente interessa ao leitor, que passa a ser também fonte, crítico e, quem sabe, colaborador. A ausência de compromisso econômico com a notícia dá mais liberdade ao blogeiro, que pode publicar sua opinião sem se preocupar com financiadores ou empresários que usam o espaço para publicidade. Afinal, poucas publicações têm a seriedade da 'Caros Amigos', que chegou ao requinte de publicar em uma mesma edição uma matéria sobre o movimento pela re-estatização da Vale e uma propaganda da mesma empresa, mostrando um claro afastamento entre o setor comercial e a redação.

A imprensa em Campos deve dar mais atenção ao leitor, realizar perquisas com seu público alvo e fazer mais críticas ao seu próprio jeito de fazer notícia. Com a internet o leitor possui mais opções para obter informações, ficando fácil derrubar a máscara de jornalistas e editores descompromissados com a veracidade dos fatos e a imparcialidade da informação. E o leitor deve também ficar atento, aproveitar essa ferramenta para questionar o papel da imprensa dita 'livre', e assim garantir o funcionamento pleno da democracia.

TEMPOS MODERNOS


A crise econômica de 1929 inspirou "Tempos Modernos", de Chaplin.

80 anos depois o mundo financeiro passa por uma 'nova' crise.

Celebremos Carlitos por sua modernidade!!

A entrada é franca e o cinema é mudo.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O último tango em Paris



Dia 15/10/2008

Sessão temática: Apartamento

"O último tango em Paris"

Dir.: Bernardo Bertolucci

Gênero: Romance
Duração: 129 min

Enquanto procura um apartamento em Paris, uma bela jovem (Maria Schneider) conhece um americano (Marlon Brando), cuja esposa recentemente cometeu suicídio. Instantaneamente um deseja o outro ardentemente e iniciam naquele momento um tórrido affair. Eles combinam que não revelariam nada de suas vidas, nem mesmo seus nomes, sendo que o objetivo dos encontros seria basicamente sexo. Mas gradativamente os acontecimentos vão fugindo do controle de ambos. França, Itália, EUA, 1972.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Jogando Dados com Nossa Senhora Aparecida

Por: Yuri Teixeira Amaral

A estatística é muitas vezes vista como uma ciência arrogante, desprovida de sentimento e guiada por uma lógica que só é entendida pelos estatísticos, que acabam por ser confundidos com semi-deuses. Apesar disso, a todo momento temos que tomar decisões de acordo com a lógica e a razoabilidade, mas poucas vezes percebemos a estatística embutida na tomada de decisão, e é justamente isso que importa afinal de contas.

No episódio de “A grande família” da rede Globo, exibido dia 10 de outubro de 2008 a matriarca da família, Dona Nenê, estava em um impasse: ela havia feito promessa para Nossa Senhora e se comprometeu a caminhar em romaria até Aparecida (SP) caso Agostinho e Bebel (sua filha) lhe dessem um netinho. A criança de fato nasceu, foi batizada de Floriano e Nenê se viu na obrigação de cumprir a promessa percorrendo os mais de 263 km que separam o Rio de Janeiro de Aparecida. Entretanto, Lineu, seu marido, convencido que o neto não era fruto de intervenção divina e de que Dona Nenê não conseguiria percorrer o trajeto e chegar sã e salva a seu destino, tentava dissuadir-la da promessa:

- Nenê, como você pode ter certeza que o nascimento do Floriano foi obra da Nossa Senhora Aparecida? – perguntou Lineu.

- E como você sabe que não foi? – indagou Nenê.

Pois bem, finalmente chegamos à estatística. Não vou usar a matemática para evitar assustar o leitor, de forma que vou usar apenas raciocínio lógico. Neste caso precisamos avaliar a probabilidade de ter havido intervenção divina e qual o risco da tomada de decisão. A hipótese a ser testada será: O neto da Dona Nenê é fruto de intervenção divina. Caso seja ‘correta’, Nenê deverá assumir o risco da viajem para se safar do purgatório. A hipótese nula (aquela que tentaremos refutar) será: O neto da Dona Nenê foi concebido por outra causa que não intervenção divina (devido a um evento estocástico, tratamento contra infertilidade, aumento da frequência de copula, etc.), e se for ‘correta’ Nenê poderá ficar tranqüila em casa sabendo que não passará a eternidade no inferno por descumprir a promessa.

Quando lidamos com avaliação de risco, na estatística, devemos ficar atento a dois principais tipos de erro: o erro do tipo I e erro do tipo II. O primeiro ocorre quando aceitamos a hipótese nula quando ela é falsa (seria o caso da Dona Nenê achar que não foi Nossa Senhora que concebeu seu neto quando na verdade foi e deixar de cumprir a promessa, correndo o risco de padecer no reino de Satã por toda eternidade). Já o segundo ocorre quando negamos a hipótese nula quando ela é verdadeira (Ou seja: Floriano nasceu por puro azar, mas assim mesmo Dona Nenê alegaria intervenção divina e percorreria o trajeto, correndo o risco da viajem a toa, pois não seria necessário cumprir a promessa).

Aparentemente Lineu está mais preocupado com o erro do tipo II, e prefere não ver sua esposa correr o risco da viajem. Já Nenê se preocupa em cometer o erro do tipo I e ter de assumir o risco de ir pro inferno. Mas afinal de contas, qual decisão Nenê deve tomar?

Em um estudo científico o pesquisador utilizaria cálculos complexos para avaliar a probabilidade de se cometer cada um dos erros e poder justificar sua decisão. Entretanto, o caso levantado por esse modesto escritor não é mensurável, pois não poderemos usar a matemática para testar a possibilidade de Nossa Senhora interferir na vida de reles mortais. A única possibilidade que nos resta, então, é avaliar o risco.

Qual risco Nenê deveria assumir? O de passar toda a eternidade sendo chicoteada no inferno ou de sofrer durante alguns dias numa viajem longa e solitária rumo a Aparecida do Norte? Provavelmente ela toparia a viajem e tomaria medidas para obter sucesso na empreitada, como: melhorar suas condições físicas entrando na academia alguns meses antes da caminhada; se associar com outros romeiros para evitar o risco de assalto, e; levar uma garrafinha de água (quem sabe também algum amuleto).

Provavelmente ela conseguiria cumprir a promessa (de fato milhares de pessoas fazem isso todos os anos, percorrendo inclusive distâncias maiores que Dona Nenê) e seria grata o resto da vida à Nossa Senhora. Porém ela nunca terá certeza se houve intervenção divina ou não, apesar de que acreditará nisso pelo resto de sua vida.

Obviamente não é competência da estatística avaliar a probabilidade de ocorrerem eventos místicos ou milagres, e é impossível planejar experimentos capazes de testar a ocorrência desses eventos. Porém o exercício de vislumbrar a lógica por trás de decisões que envolvam entidades religiosas nos faz entender o que move os fieis a atribuírem benfeitorias a essas entidades. Afinal, havendo intervenção de Nossa Senhora ou não, quem iria assumir o risco de padecer no inferno por toda a eternidade?

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Inquilino


TODA QUARTA-FEIRA, 18:30.
AUDITÓRIO II, P-4, UENF.
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Dia 08/10/2008

Sessão temática: Apartamento

"O Inquilino"

Dir.: Roman Polanski

Gênero: Suspense
Duração: 125 min

Polonês que vive na França aluga apartamento de uma garota que acabara de se suicidar, localizado em um estranho edifício residencial. Aos poucos, começa a presenciar coisas anormais, principalmente em relação às atitudes dos vizinhos, fazendo com que passasse a investigar a morte da garota por suspeitar de que seus vizinhos a tenham levado-a à loucura - e pensa estarem fazendo o mesmo consigo. Este grande suspense de Roman Polanski, regado a toques de humor negro e sarcasmo, é a terceira e última parte da Trilogia do Apartamento, composta também por Repulsa ao Sexo e O Bebê de Rosemary. EUA/França,

SEGUE DEBATE APÓS O FILME

ENTRADA FRANCA

Contato: cineclubeuenf@hotmail.com